A Total, criada em França em 1924, é uma das maiores petrolíferas mundiais, operando não só na produção e distribuição de crude, mas também na produção e distribuição de gás natural e no segmento de químicos (petroquímicos, fertilizantes, etc). A empresa opera em mais de 130 países tendo ao seu serviço 95 000 colaboradores.
No terceiro trimestre os lucros da Total aumentaram em 38% ascendendo aos 2,37 mil milhões de euros versus os 2,20 mil milhões de euros esperados pelos analistas. Este bom resultado deveu-se sobretudo aos máximos históricos do preço do petróleo e aos ganhos das suas unidades de química e refinaria. É importante também referir que a Total foi a única das grandes petrolíferas europeias a reportar um crescimento da produção.
Para reforçar o seu bom momento queremos ainda salientar as recentes novas descobertas de petróleo em Angola, o início da produção comercial no Canadá no âmbito do Surmont Project (tendo a Total uma participação de 50% e sendo a outra exploradora a ConocoPhillips), a exploração do mediático projecto Schtokman no Ártico, conhecido por conter reservas de gás natural superiores ao triplo do consumo anual desta fonte de energia em toda a Europa (tendo a Total uma participação de 25% e a Gazprom os restantes 75%) e ainda as participação detidas pela Total em alguns blocos da recém descoberta de petróleo no Brasil (nomeadamente no BC-2 – 41,2% e no BMC-14 – 50%).
Tendo em conta o cenário descrito, a correcção de sensivelmente 15% que o titulo sofreu desde os máximos históricos parece-nos algo excessiva, sobretudo se tivermos em conta a valorização dos títulos das suas congéneres. A nível técnico, as acções da Total encontram-se perto do suporte dos 54 euros apresentando um considerável potencial de valorização (de curto e de médio prazo), com os analistas a darem ao título um “average price target” de 64,25 euros. Neste sentido consideramos entrar em Total ao preço de 54,7 euros com um nível de stop loss de 5%, traduzindo-se num preço de saída de 51,95 euros.
